Um drama sem pé nem cabeça Mentes Sombrias tentará ser o novo sucesso entre os jovens, mas com roteiro clichê, direção bagunçada, o filme estrelado por uma protagonista que não se destaca, pode não chegar lá, e acaba sendo apenas mais um besteirol americano.
Adaptações de livros no cinemas, estão cada vez mais comuns, e alguns deles fizeram muito sucesso entre o público adulto juvenil. Porém muitas franquias e distribuidoras tentam fazer sucessos como Jogos Vorazes e Maze Runner, se baseando neles, as vezes um pouco demais e as vezes um pouco menos, porém, Mentes Sombrias corre na direção oposta e não acerta quase nada.
A adaptação cinematográfica da triologia de Alexandra Bracken, não se destaca, traz uma trama que fala de poder mas só se é apresentado medo. A protagonista Ruby Daly (Amandla Stenberg) é uma laranja, onde em futuro (não mencionado), as crianças são contaminadas (não é explicado pelo que) e as que não chegam a falecer adquirem super poderes, e passam a ser separadas por cor, do verde (inteligentes) ao laranja (era para serem super poderosos), por medo e por não saber como controla-los, as crianças são colocadas em campos de concentração e separadas por suas cores. Ruby com o seu por tele cinético consegue passar 6 anos disfarçada como verde, e ninguém parece perceber durante o tempo que ela esteve lá que não é inteligente como os verdes são, até o iniciar da trama.
O filme apresenta uma personagem que é titulada como forte, porém é sempre salva. Ruby diz estar perdida sem querer confiar em alguém, porém foge da médica que á ajudou a fugir do centro de concentração e foge com o primeiro grupo de adolescentes que encontra. A trama tenta fazer mistério mas não chega a lugar nenhum com o óbvio.
A atuação de Amandla não surpreende e nem te prende, atriz ainda carrega o mesmo personagem de seus filmes anteriores. Assim como Nick Robinson a atriz acaba não tendo química nenhum com o seu par romântico Liam (Harris Dickinson), o que acaba deixando a história mais difícil de engolir.
Além de erros de cortes e edição o filme sofre muito com a produção, que tenta trazer um ar de “Stranger Things” porém esse ‘ar da graça’ acaba não sendo tão útil para evolução do filme.
Apesar de todos os erros os co-protagonistas Harris Dickinson, Patrick Gibson, Skylan Brooks e Miya Cech, se destacam mais que a protagonista, com ênfase em Patrick Gibson, o vilão que apesar de ser colocado no famoso clichê e algumas atitudes estranhas, o ator consegue alcançar o ponto ápice do filme.
Com vários furos no roteiro a trama te deixa perdido e frustrado esperando que algo aconteça , além do drama clichê que te deixa adivinhar mais da metade de um filme ruim. O filme chega nos cinemas dia 16 de agosto.